Cláudia:
- É assim que tem sido o meu dia.
Para além de estar a dar formação ao Thomáz, sempre que regresso ao meu posto de trabalho tenho uma surpresa... perturbante.
Ivone:
- De facto, não posso dizer que seja normal. Que tens motivos para estares nesse estado, mas o mais intrigante, ...
Cláudia:
- É, é alguém meu colega, se é o que vais dizer. Isso é a única certeza que tenho, e daqueles que são do meu núcleo de amizade mais chegado. Daqueles que me conhecem bem, com quem partilho "palavras que são letras minhas", mas quem? Não são muitos, mas são alguns e é isso que me perturba. Em nenhum deles, se evidencia um "tique" que me faça desconfiar.
Ivone:
- É, é mesmo uma situação estranha, mas apaixonante po...
Cláudia:
- Ivone? cala-te, pára de gozar comigo. Assim não me ajudas, não alivias a minha angústia.
Ivone:
- Pronto, pronto... acalma-te.
Diz-me uma coisa... Por acaso esse grupo de amigos, são só... os amigos, aqueles, aqueles... "os", ou também "as"?
Cláudia:
- Nem quero acreditar. Estás doida de todo, parvinha é o que és. Estás a perguntar-me se isto não poderá ser obra de uma... nãooo, não acredito no que oiço. Decididamente, estás mesmo a brincar comigo. Só me faltava essa, serem coisas de uma amiga que se apaixonou por mim. Uma mulher, haa... ai, tem juízo Ivone, queres mesmo aborrecer-me?
Ivone:
- Porque não? É assim tão estranho?
Cláudia:
- Ivone, tás louca? Tu sabes o que estás a dizer?
Ivone:
- Não é nada do outro mundo. É???
A loiça está na máquina, agora vou sacudir a toalha.
Cláudia:
- Pára, deixa lá a toalha e senta-te, mas sem babuseiras senão... senão corro contigo.
Ivone:
- Sim, vai falando que eu oiço. É já aqui na varanda, ninguém vê... olha, os putos na rua, é que andam a brincar contigo. Toma, uma bolinha de papel que estava ali. De papel, mas pesada.
Cláudia:
- Alguma pedra, e capaz de me partir um vidro. Deixa lá ver o que é este peso.
Ivone:
- Coitada, como tu estás. Agora já vês pedras embrulhadas em papel.
Olha, em que gaveta arrumo a toalha? Cláudia, oonnnde arruuummmo a toalha? Olha lá...
Cláudia:
- Olha? Então "Olha" tu... lê, lê e diz-me se ainda falta muito para a meia-noite, ou se o dia ainda está para durar e as dedicatórias a continuarem.
Ivone:
- Pois... Provávelmente o apaixonado não dorme. Que sorte a tua, aiii... deixa ver.
- É assim que tem sido o meu dia.
Para além de estar a dar formação ao Thomáz, sempre que regresso ao meu posto de trabalho tenho uma surpresa... perturbante.
Ivone:
- De facto, não posso dizer que seja normal. Que tens motivos para estares nesse estado, mas o mais intrigante, ...
Cláudia:
- É, é alguém meu colega, se é o que vais dizer. Isso é a única certeza que tenho, e daqueles que são do meu núcleo de amizade mais chegado. Daqueles que me conhecem bem, com quem partilho "palavras que são letras minhas", mas quem? Não são muitos, mas são alguns e é isso que me perturba. Em nenhum deles, se evidencia um "tique" que me faça desconfiar.
Ivone:
- É, é mesmo uma situação estranha, mas apaixonante po...
Cláudia:
- Ivone? cala-te, pára de gozar comigo. Assim não me ajudas, não alivias a minha angústia.
Ivone:
- Pronto, pronto... acalma-te.
Diz-me uma coisa... Por acaso esse grupo de amigos, são só... os amigos, aqueles, aqueles... "os", ou também "as"?
Cláudia:
- Nem quero acreditar. Estás doida de todo, parvinha é o que és. Estás a perguntar-me se isto não poderá ser obra de uma... nãooo, não acredito no que oiço. Decididamente, estás mesmo a brincar comigo. Só me faltava essa, serem coisas de uma amiga que se apaixonou por mim. Uma mulher, haa... ai, tem juízo Ivone, queres mesmo aborrecer-me?
Ivone:
- Porque não? É assim tão estranho?
Cláudia:
- Ivone, tás louca? Tu sabes o que estás a dizer?
Ivone:
- Não é nada do outro mundo. É???
A loiça está na máquina, agora vou sacudir a toalha.
Cláudia:
- Pára, deixa lá a toalha e senta-te, mas sem babuseiras senão... senão corro contigo.
Ivone:
- Sim, vai falando que eu oiço. É já aqui na varanda, ninguém vê... olha, os putos na rua, é que andam a brincar contigo. Toma, uma bolinha de papel que estava ali. De papel, mas pesada.
Cláudia:
- Alguma pedra, e capaz de me partir um vidro. Deixa lá ver o que é este peso.
Ivone:
- Coitada, como tu estás. Agora já vês pedras embrulhadas em papel.
Olha, em que gaveta arrumo a toalha? Cláudia, oonnnde arruuummmo a toalha? Olha lá...
Cláudia:
- Olha? Então "Olha" tu... lê, lê e diz-me se ainda falta muito para a meia-noite, ou se o dia ainda está para durar e as dedicatórias a continuarem.
Ivone:
- Pois... Provávelmente o apaixonado não dorme. Que sorte a tua, aiii... deixa ver.
.
"Sem o teu calor, a tua companhia…
sou maré vazia.
Tudo que nela vivia, desaparecia,
não se sentia, nada mais existia.
Só Tu, és o rosto da sua alegria,
que em toda ela se via, a preenchia.
.
Dá a Ti, uma gota pensante.
Chama-me com esse teu semblante,
apaixonante,
onde me vejo teu amante…
Acariciando-te,
com a suavidade que o teu corpo me conjuga…
"Sem o teu calor, a tua companhia…
sou maré vazia.
Tudo que nela vivia, desaparecia,
não se sentia, nada mais existia.
Só Tu, és o rosto da sua alegria,
que em toda ela se via, a preenchia.
.
Dá a Ti, uma gota pensante.
Chama-me com esse teu semblante,
apaixonante,
onde me vejo teu amante…
Acariciando-te,
com a suavidade que o teu corpo me conjuga…
desejando-te.
Louco, envolvendo-te,
explorando-te incessantemente,
dando cor ao teu olhar, cativante,
brilhante,
Louco, envolvendo-te,
explorando-te incessantemente,
dando cor ao teu olhar, cativante,
brilhante,
que expressa o teu desejo que eu me liberte...
desta vazante,
dizendo-me…
Sim, sê meu amante".
desta vazante,
dizendo-me…
Sim, sê meu amante".
.
Huuaauuu...Cláudia.
Huuaauuu...Cláudia.
Mas... e pronto, que raio, mas lá estás tu agarrada a essa "pedrinha".
Afinal que pedra é essa que está sempre contigo? A que estava na varanda não serve?
.
P.S. Vou-me esforçando para vos comentar. Por enquanto, só vos visito e leio. É o que vos posso oferecer. Não se aborreçam, compensarei.